quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Necessidade ou comodismo?






E o que me mata é olhar no fundo dos seus olhos e ver neles o mesmo brilho, a mesma leveza, e sentir o seu sorriso me dizendo, entrelinhas, para esperar, que a nossa história louca e mal escrita não acabou. 
É o que me mata e me dá vida. E a ternura que eu sinto a cada vez que tu me olhas e sorri, o seu carinho, a importância que eu tenho em sua vida, esse sentimento maluco que tens por mim e não sabe nem o que é, isso tudo se confunde com o amor que eu preciso tanto que sintas. Mas eu sei, eu sei que não é amor. E tu também sabes. 
Talvez seja por isso que  me manténs sempre por perto, porque  precisas de meu carinho para alimentar o seu vazio e lhe trazer paz por algum tempo, mas não me mantém do seu lado, porque pra caminhar junto é preciso amor demais. 
E é nessa que vamos seguindo. 
E mesmo distante tu precisas sentir que eu estou por perto e te acompanho de longe, que eu ainda te espero, porque tu se sentes seguro, porque tu sabes que  vou estar lá quando caires, com o meu carinho e a minha paz.


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Liberdade!

                                  



Você pode se enganar e enganar muitas pessoas fazendo o papel de bonzinho, de coitadinho ou contar mentiras para não ferir essa ou aquela pessoa. Você pode esconder tudo de todo mundo, mas o seu corpo sente e reage as agressões que você tem cometido contra ele.
Se você continua naquele relacionamento que não suporta mais, naquela rotina que tira a sua alegria, naquela sociedade que já se desgastou, naquele emprego que rouba o seu prazer, ou naquela amizade mais falsa que nota de R$ 60,00, o seu corpo vai sentir essas emoções e como uma bateria, vai carregar e armazenar esses sentimentos, até que um dia vai explodir como bomba atômica.
Desde crianças, somos obrigados a segurar ás emoções. Muitos pais ensinam que chorar é "sinal de fraqueza", "masturbação é pecado", "sexo é vergonhoso e ter prazer é coisa de pessoas sem vergonha". Desde muito pequeno, vamos sendo castrados em nossos sentimentos e emoções e quando podemos tomar nossas próprias decisões, em nome de "convenções da sociedade", seguramos nossa raiva, nossa indignação, não abraçamos nossos amigos, não beijamos mais por uma vergonha besta e rídicula. A menina não abraça a menina por ter medo de ser chamada de "sapatão", o menino não abraça o menino com medo de ser chamado de "bicha" e os homossexuais, escondem seus sentimentos com medo de serem rechaçados pela família e pela "comunidade".
Assim, vamos armazenando sentimentos que precisam sair de alguma forma, e normalmente, todas as emoções se traduzem em raiva e/ou tristeza, uma sombra que se esconde por trás de sua aparente figura. Quanto mais tempo você sofrer calado, mais doente vai ficar...
Por isso, nada de ficar guardando as suas emoções em uma caixa de orgulho e falsos pudores.
Quer gritar? Grite!.
Quer reclamar? Reclame.
Quer comer jiló? Coma.
Quer se separar? Separe-se.
Pare de esconder os sentimentos, a vítima com certeza será você.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Muralhas no coração!!




Não
Ainda não é chegada a hora..
Hora de permitir que a GRANDE MURALHA
Aquela
Forte
Resistente
A qual impede tudo e à todos
De ultrapassá-la
De derrubá-la
De aproximarem-se
Do meu maior e mais rico tesouro.
Muralha essa
Que construi
Para não mais sofrer
Não mais ser atacada
Sufocada
Machucada
E fazer sangrar o que me mantêm viva
Meu sofrido e pequeno CORAÇÃO!


Percebi não estar pronta!
Pronta para outro tombo
Pronta para outro choque
Pronta para outra decepção
E pelo sim ou pelo não
Melhor que esse coração 
Continue assim
Protegido
Sem amor
Sem paixão
Sem atitude
Sem ilusão!


Com a Muralha à sua volta
Consigo então
Mantê-lo controlado
Calmo
Adormecido.


 O coração calado
Permite-me viver...
Sorrir...
Dançar...
Pular...
Cantar...
Sem sofrer
Sem pensar
Sem lembrar!


E assim, sou feliz!


Ainda não chegou o momento
Da grande implosão
Para que faça despertar
Esse maluco coração!!!!